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Laudo Confirma Abuso, Tortura e Asfixia do Pequeno Arthur

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O laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) trouxe à tona detalhes perturbadores sobre a morte do menino Arthur Ramos do Nascimento, de 2 anos, ocorrida em 16 de fevereiro em Tabira, no Sertão de Pernambuco. O documento confirma que a criança foi submetida a abuso sexual, tortura e asfixia, evidenciando a brutalidade do crime.

Detalhes do Laudo Pericial

De acordo com o laudo, Arthur apresentava:

• Abuso Sexual: Dilatação anal com fissuras e presença de sangue no reto e no sigmoide, confirmando a violência sexual sofrida.

• Marcas de Tortura: Hematomas que sugerem mordidas no antebraço, pulso e braço esquerdos, além de lesões extensas na mucosa do lábio superior e escoriações no nariz.

• Lesões Fatais: Fratura na região cervical, hemorragia subaracnóidea (sangramento entre o cérebro e a camada que o cobre) e hematoma que se estendia da região cervical até a torácica, afetando a traqueia e o esôfago.

A conclusão aponta que a morte foi causada por choque decorrente de asfixia por sufocação direta e traumatismo crânio-encefálico provocado por instrumento contundente.

Contexto e Investigações

No momento do crime, Arthur estava sob os cuidados de Giselda Silva e seu companheiro, Antônio Lopes, conhecido como “Frajola”. Ambos tinham antecedentes criminais por homicídio e tráfico de drogas. Giselda foi presa, enquanto Antônio foi linchado pela população revoltada. 

A mãe de Arthur, Giovanna Ramos, havia deixado o filho aos cuidados do casal em dezembro de 2024, quando viajou para João Pessoa, na Paraíba, com previsão de retorno no final de fevereiro. Testemunhas relataram que a criança sofria maus-tratos constantes, e que o ocorrido no dia 16 de fevereiro foi o ápice de uma série de agressões. 

Pronunciamento das Autoridades

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, classificou o crime como uma “barbárie” e destacou que a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social instaurou um inquérito para apurar o caso e possíveis falhas. 

Clamor por Justiça

A população de Tabira está profundamente abalada e exige justiça pela morte de Arthur. O caso levanta questões sobre a proteção infantil e a necessidade de medidas mais eficazes para prevenir tais atrocidades.

As investigações continuam, e a sociedade acompanha atenta, esperando que os responsáveis sejam devidamente punidos.

Da redação do Salgueiro Online

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